Introdução: O câncer ovariano é o terceiro mais comum entre os cânceres ginecológicos e a principal causa de morte. A apresentação clínica inespecífica retarda o diagnóstico, e geralmente se apresenta em estágio avançado. Embora a aparência nas imagens muitas vezes seja inespecífica, ela reflete de perto a aparência patológica bruta, e a correlação radiológica-patológica é útil para auxiliar na compreensão dos subtipos. Objetivo: Avaliar na literatura as modalidades de imagem para o diagnóstico dos tumores de ovário. Métodos: Revisão sistematizada da literatura nas bases de dados LILACS, MEDLINE, PubMed e CINAHL das produções dos últimos 10 anos. Os descritores utilizados foram: “Ovário”, “Tumor”, “Câncer” e “Radiologia”. Resultados: Os estudos evidenciam que o diagnóstico de câncer ovariano frequentemente é retardado devido à falta de sintomas e à natureza inespecífica da doença, nos estágios iniciais. Nos sistemas de classificação atuais, o estadiamento do câncer ovariano continua sendo cirúrgico, mas o papel da imagem é contributivo em toda a gestão do câncer ovariano. A ultrassonografia (USG) é geralmente a modalidade inicial para massas ovarianas suspeitas. A ressonância magnética (RM) é recomendada para a caracterização de massas ovarianas ou anexiais indeterminadas na USG. A tomografia computadorizada (TC) de abdômen e pelve com contraste é a modalidade de imagem recomendada para estadiamento da doença, previsão da ressecabilidade e seleção de pacientes que podem se beneficiar da quimioterapia neoadjuvante. Modalidades mais recentes, como a tomografia por emissão de pósitrons (PET-CT), estão sendo cada vez mais reconhecidas no câncer ovariano, onde a recidiva pode ser diagnosticada mais rapidamente, permitindo um tratamento subsequente. Considerações finais: A compreensão das características radiológicas dos subtipos de tumores ovarianos pode ajudar os radiologistas a diferenciar causas benignas, de borderline ou malignas. À medida que os patologistas expandem o entendimento histopatológico dos tumores e os oncologistas e cirurgiões desenvolvem tratamentos ideais para os pacientes afetados, os radiologistas podem oferecer contribuições significativas a esse importante progresso.