AVALIAÇÃO DO TORQUE DE PREENSÃO PALMAR E MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS: CORRELAÇÃO ENTRE DINAMÔMETRO ANALÓGICO MANUAL E SENSOR DE FORÇA DIGITAL
Eduardo Elias Vieira de Carvalho, Lucas Gouveia Azambuja Gervásio, Mariana Silva Novaes Padua, Gabriel Dias Monteiro, Frederico Venâncio de Senne, Rafael Corrêa Salge, Pedro Henrique Janoario da Silva, Fabiana Bergson Oliveira Lima, Henrique Champs Porfírio Carvalho, George Kemil Abdalla, Marcos Antônio Abdalla Júnior, Douglas Reis Abdalla
Resumo
O dinamômetro analógico manual (DAM) tem sido amplamente utilizado para avaliação do torque de preensão palmar (TPP), trata-se de um equipamento de baixo custo e fácil utilização, entretanto, sua aplicação no meio científico é limitada. Por outro lado, a utilização de um dispositivo de registro eletromiográfico (EMG) com sensor de força digital (SFD), fornece uma avaliação mais completa dos músculos, porém de alto custo. Objetivou-se desenvolver um SFD associado ao registro EMG, de baixo custo e que possa ser comparável ao DAM comercial. As adaptações de hardware incluíram a construção de um dispositivo para captação dos sinais, por meio de uma célula de carga em um apoio anatômico para medição do TPP. O software consiste em um sistema de amplificação e filtragem do sinal elétrico. Para avaliação, foram estudados 63 voluntários, 38 mulheres (20,57±0,87anos) e 25 homens (20,24±0,98anos). Foram coletados, no membro dominante, a circunferência do antebraço e o TPP, utilizando o DAM e o SFD. Foi observada uma maior circunferência do antebraço dos homens em relação às mulheres (25±0,46 vs 20±0,42cm; p<0,0001). E diferença significativa na avaliação do TPP, entre os gêneros, tanto pelo DAM (47,15±1,85 vs 29,87±0,67Kgf), quanto pelo SFD (31,61±0,88 vs 28,65±0,62mV). Quando avaliados todos os pacientes, observou-se correlação significativa entre a circunferência do antebraço e o DAM (r=0,62) e o SFD (r=0,44). Foi observada correlação significativa entre o TPP medido pelo DAM e pelo SFD (r=0,65). O SFD desenvolvido demostrou ser uma ferramenta capaz de aferir o TPP, preservando as diferenças entre os gêneros e comparável com o DAM comercial.
Palavras-chave
Referências
Barbosa AR, Souza JMP, Lebrão ML, Laurenti R, Marucci MFN. Functional limitations of Brazilian elderly by age and gender differences: data from SABE Survey. Cad. Saúde Pública. 2005;21(4):1177-1185.
Frederiksen H, Hjelmborg J, Mortensen J, McGue M, Vaupel JW, Christensen K. Age Trajectories of Grip Strength: Cross-sectional and Longitudinal Data Among 8, 342 Danes Aged 46 to 102. AEP. 2006;16(7):554-562.
Ong HL, Abdin E, Chua BY, Zhang Y, Seow E, Vaingankar JÁ, Chong AS, Subramaniam M. Hand-grip strength among older adults in Sigapore: a comparison with international norms and associative factors. BMC Geriatrics. 2017;17:176-187.
Sayer AA, Syddall H, Martin H, Patel H, Baylis D, Cooper C. The developmental origins of sarcopenia. J Nutr Health Aging. 2008;12:427–32.
Auyeung TW, Lee SW, Leung J, Kwok T, Woo J. Age-associated decline of muscle mass, grip strength and gait speed: A 4-year longitudinal study of 3018 community-dwelling older chinese. Geriatr Gerontol Int. 2014;14(1):76–84.
Haidar SG, Kumar D, Bassi RS, Deshmukh SC. Average versus maximum grip strength: which is more consistente? 2004;29(1):p.82-84.
Hillman TE, Nunes QM, Hornby ST, Stanga Z, Neal KR, Rowlands BJ, Allison SP, Lobo DN. A practical posture for hand grip dynamometry in the clinical stting. Clin Nutr. 2005;24(2)224-228.
Vermeulen J, Neyens JC, Spreeuwenberg MD, van Rossum E, Hewson DJ, de Witte LP. Measuring grip strength in older adults: Comparing the grip-ball with the jamar dynamometer. J Geriatr Phys Ther. 2015;38:148–53.
Irwin CB, Sesto ME. Reliability and validity of the Multiaxis Profile Dynamometer with younger and older participants. J Hand Ther. 2010;23:281-289.
Shechtman O, Hope LM, Sindhu BS. Evaluation of the TorqueVelocity Test of the BTE-Primus as a Measure of Sincerity of Effort of Grip Strength. J Hand Ther. 2007;20:326-335.
Amaral JF, Mancini M, Novo JM. Comparison of three hand dynamometers in relation to the accuracy and precision of the measurements. Rev Bras Fisioter. 2012;16(3):216-24.
Ferreira A CC, Shimano AC, Mazzer N, Barbieri CH, Elui VMC, Fonseca MCR. Força de preensão palmar e pinças em indivíduos sadios entre 6 e 19 anos. Acta Ortop Bras. 2011;19(2):92-7.
Eichinger FLF , Soares AV, de Carvalho Júnior JM, et al. Força de preensão palmar e sua relação com parâmetros antropométricos. Cad. Ter. Ocup. UFSCar. 2015; 23(3):525-532.
Chang H, Chen CH, Huang TS, Tai CY. Development of an integrated digital hand grip dynamometer and norm of hand grip strength. Bio-Medical Materials and Engineering. 2015; 26: S611–S617.